Botox na Odontologia

A toxina, conhecida pela sua aplicação nas plásticas, pode ajudar a tratar o bruxismo

Toxina famosa por ser usada na correção das rugas de expressão, o botox também é indicado para a odontologia. Ele é usado, sobretudo, no tratamento de doenças causadas pelo excesso de contração dos músculos mastigatórios (caso do bruxismo, que acomete em torno de 40% da população mundial) e outras disfunções das articulações mandibulares, reduzindo e evitando as dores de cabeça. Outra de suas aplicações está na correção do “sorriso gengival”, que se caracteriza pela elevação do lábio superior ao sorrir, mostrando grande faixa de gengiva.

Quando injetada nos músculos, a toxina botulínica bloqueia a liberação da acetilcolina, substância responsável por promover a contração muscular. Dessa forma, ao ser aplicada nos músculos indicados, além de atenuar as rugas, diminui as dores causadas por problemas mastigatórios ou o “apertamento dental”. A toxina botulínica foi regulamentada para uso pelo Conselho Federal de Odontologia em 2011.

Um dos benefícios do botox é a velocidade dos seus efeitos. As melhoras para o paciente podem ser sentidas entre 48 e 72 horas após a aplicação e se estabiliza depois de 15 dias. “Normalmente, uma reconsulta é agendada após os 15 dias para entender como foi esse período e perceber se existe a necessidade de eventuais retoques”, explica o dentista Paulo Nacarato, de São Paulo.

O efeito do tratamento varia em cada paciente, mas estima-se que, assim como a toxina usada para fins estéticos, ela necessite de visitas semestrais ao dentista para identificar a necessidade de reaplicação. “Trata-se de uma técnica segura, simples e eficiente, que oferece alto grau de satisfação”, ressalta o profissional, especializado em odontologia estética em São Paulo.

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