Conceito busca se aproximar ao máximo da naturalidade nos procedimentos restauradores
Ao realizar um procedimento, tanto o profissional quanto o paciente pensam no seu resultado final. E as expectativas são semelhantes: deixar o sorriso mais próximo do natural, mas conservando sua estrutura e mantendo a vitalidade do dente. É neste momento que entra a odontologia biomimética, mesmo em processos restauradores.
Quando precisamos recuperar um dente, é necessário também reparar os tecidos perdidos, seja de maneira parcial ou total. Uma das maiores preocupações é que o material substituto apresente semelhança, tanto nas características funcionais quanto mecânicas. De grosso modo, quanto mais próximo do corpo, melhores serão os resultados.
A biomimética estuda os biomateriais, sua composição e seus comportamentos mecânicos, bem como sua estrutura natural para buscar substitutos melhores para a estrutura perdida, o que garante resultados mais seguros e mais eficientes nos procedimentos.
Biomimética na odontologia
A biomimética apresenta alta aplicabilidade na odontologia, principalmente nas restaurações, diretamente relacionada à forma de se restaurar e ao material escolhido. A substância deve obrigatoriamente permitir a recuperação biomecânica do dente original, por meio da restauração.
“Com o conhecimento adequado das cargas do elemento dental, é possível encontrar os substitutos perfeitos para a estrutura debilitada. A ideia é que o dente biomimeticamente restaurado se comporte como um dente zerado, intacto”, comenta Paulo Nacarato, que aplica a Odontologia Biomimética em seu consultório, no bairro Jardins, em São Paulo.
Os tecidos presentes na estrutura dental, como o esmalte e a dentina unidos pela junção amelo dentinária, permitem o funcionamento e a durabilidade estrutural. Alguns materiais não respeitam essa estrutura e, devido ao excesso de rigidez, podem causar danos permanentes ao paciente.
“A odontologia biomimética nos permite preservar a estrutura dental sadia, pois se desgasta menos esmalte e dentina. Após a cimentação da peça protética com materiais que aderem quimicamente aos tecidos dentários, ocorre um significativo aumento da resistência mecânica do dente”, explica o profissional.
Estrutura dental
Formada pelo esmalte, dentina e tecido pulpar, a estrutura dental pode sofrer alterações por inúmeros fatores externos, como cáries, doenças periodontais, gengivites, ataques químicos ou físicos que modifiquem o sistema.
Com o avanço da odontologia, dos sistemas adesivos que possibilitam uma adesão confiável e do desenvolvimento de materiais odontológicos, é possível a recuperação da estrutura dental mais próxima do natural e da forma original.
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