Evitar desgastes desnecessários e dar maior conforto ao paciente estão entre os benefícios da odontologia minimamente invasiva
Os profissionais e os pacientes se beneficiam da odontologia minimamente invasiva. O principal propósito desta técnica está em reduzir desgastes e tornar tanto os procedimentos quanto o pós-operatório mais tranquilo e confortável ao paciente, com o retorno mais ágil às atividades do dia a dia.
Para isso, a estratégia busca preservar ao máximo as estruturas sadias de um dente, especialmente as de suporte e de funcionalidade. Ao contrário do que ocorria há algumas décadas, quando a tecnologia não oferecia tantas condições, os dentistas optavam por abordagens mais agressivas pela garantia de sucesso do tratamento.
No entanto, com a maior capacidade dos exames de imagem, as novas orientações e preocupações dos profissionais para com os seus pacientes e a evolução de instrumentos e de materiais de acompanhamento, tornou-se mais simples adotar os conceitos da odontologia minimamente invasiva.
Atualmente, por exemplo, a tomografia computadorizada e outros exames de imagem permitem ter uma visão completa da arcada dentária do paciente, com informações fundamentais para o profissional, caso da espessura óssea e da estrutura.
Dessa forma, o profissional consegue planejar todo o procedimento de forma antecipada. Antes de o paciente sentar em sua cadeira, já é possível saber qual será o roteiro do tratamento.
Este planejamento permite buscar as abordagens mais eficientes e seguras para o paciente, dando tranquilidade ao profissional para identificar as áreas que podem ser preservadas e os momentos do procedimento que vão exigir mais.
“Nosso foco é deixar o paciente satisfeito com o tratamento executado. No caso da odontologia minimamente invasiva, além da preocupação com o resultado final, há o cuidado com a execução do procedimento em si, buscando sempre os caminhos menos agressivos”, explica Paulo Nacarato, dentista em São Paulo, com mais de 30 anos de experiência.
Só tratamentos estéticos?
A primeira ideia que vem à mente diz respeito apenas aos tratamentos da odontologia estética, como as facetas de porcelana, cujo resultado pode ser previsto com antecedência e não estão relacionados às questões de saúde.
No entanto, outros procedimentos podem seguir o princípio da odontologia minimamente invasiva, desde as dores de dente, o tratamento de cáries e a hipersensibilidade até os casos mais graves de ATM. Nas questões de saúde, o olhar cuidadoso do dentista garante a manutenção de tecidos, prolongando a dentição natural do paciente, o que pode evitar perdas no futuro.
É importante frisar que a odontologia minimamente invasiva não significa necessariamente um tratamento sem dores. A perspectiva do profissional está em reduzir quaisquer incômodos que venham a ser sentidos pelo paciente durante o procedimento, mas pode não evitá-los totalmente.
Essa compreensão é fundamental em casos mais elaborados, como os implantes dentários, que, por vezes, mexem na estrutura óssea do paciente. De qualquer forma, a abordagem, além de simplificar o planejamento, melhora a recuperação do paciente e oferece um pós-operatório mais tranquilo.
Tecnologias adotadas na odontologia minimamente invasiva
A odontologia minimamente invasiva é uma consequência de uma escolha do profissional em proporcionar bem-estar ao paciente. Por isso, quanto mais familiarizado com as novas tecnologias, maior será a chance de atingir este resultado. Veja algumas tecnologias que contribuem:
– Câmeras intra-orais: trata-se de um dispositivo que conta com fonte de luz e câmera de vídeo embutida. A partir dela, é possível para o profissional tirar dúvidas e ter mais clareza de detalhes importantes do procedimento.
– Laserterapia: de alta ou baixa potência, melhoram a precisão dos cortes, auxiliam na reparação de tecidos, diminuem a sensibilidade do paciente, entre outros benefícios.
– Exames de imagem: conforme mencionamos antes no artigo, as tomografias e os raios-x dão informações fundamentais para o planejamento de todo o procedimento.
– Novos materiais: das restaurações aos selantes usados, houve uma grande evolução da tecnologia e de como esses materiais interagem com o corpo humano, garantindo resultados mais efetivos e rápidos, além de um retorno às atividades cotidianas.
Quais as vantagens para o paciente?
– Procedimento sob medida, visto que é planejado com antecedência, com o profissional conhecendo todos os detalhes e eliminando riscos.
– Menos dor: da anestesia à recuperação total, a odontologia minimamente invasiva visa dar mais tranquilidade ao paciente, o que, na prática, significa menos dores.
– Preservação dos tecidos e dentes: há alguns anos, eram comuns abordagens agressivas. Agora, o profissional procura manter toda essa estrutura de tecidos e os dentes originais, o que garante mais qualidade de vida do paciente no longo prazo.
– Orientação quanto à prevenção: a odontologia minimamente invasiva funciona melhor em casos menos graves. Por isso, há um aprendizado sobre a necessidade de cuidados prévios por parte do paciente, inclusive aumentando as visitas profiláticas ao profissional.
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