Problemas periodontais e o corpo: como prevenir as periodontites

Dr. Paulo Nacarato

CROSP 36.130

Uma boa higienização e visitas de rotina ao dentista evitam o agravamento desse tipo de problema, além de diminuir as chances de outras doenças

Gengivite e periodontite são as duas principais doenças relacionadas à periodontia. Seus sintomas são semelhantes: o mau hálito, a mudança de tonalidade da gengiva para o vermelho vivo ou roxo, além de ficarem inchadas, sensíveis ao toque e com sangramento fácil.

Normalmente, os problemas periodontais começam com uma gengivite e evoluem para a periodontite, o que pode fazer com que os dentes fiquem soltos e até mesmo caiam.

A higienização adequada e frequente é a melhor forma de evitar as doenças periodontais. A escovação correta após as refeições, o uso do fio dental e dos enxaguantes bucais periodicamente evitam o acúmulo da placa bacteriana, que é responsável pelos sintomas incômodos das gengivites e periodontites.

O ideal é ficar atento a pequenos sinais dados pelo corpo, que podem indicar o início do problema, como sangramentos, especialmente no momento de usar o fio dental.

“Além da boa higiene, as visitas de rotina ao dentista a cada seis meses impedem que essas doenças cheguem a estágios mais graves ou causem incômodos ao paciente”, explica o dentista Paulo Nacarato, que realiza tratamentos para problemas periodontais em São Paulo, na sua clínica localizada no bairro Jardins.

Saiba a diferença entre gengivite e periodontite

Gengivite – Trata-se do início do processo inflamatório nas gengivas, sem atingir os locais onde estão localizadas as raízes dos dentes. O processo de evolução da doença depende de cada paciente e do quadro em si.

Periodontite – Evolui das gengivites, mas afeta os tecidos que sustentam os dentes, por isso são mais graves e têm consequências mais severas. A periodontite é evitada com o tratamento adequado no início da inflamação.

Qual o momento de realizar a cirurgia periodontal?

Os problemas periodontais são tratados de forma relativamente simples pelo profissional. Mas, para tal, é preciso que os quadros ainda estejam em seu período inicial.

Caso o paciente chegue ao consultório odontológico já com uma situação avançada, a cirurgia periodontal será cogitada. Por isso, o paciente precisa ficar atento a alguns sinais e incômodos na sua boca e realizar a consulta periódica (semestral ou anual).

Nossa boca está repleta de bactérias e algumas delas começam a se acumular ao redor dos dentes após as refeições. Se a limpeza não for realizada da forma correta, elas se multiplicam, transformando-se na conhecida placa bacteriana. Ela é a responsável por causar inflamações e contribuir para as doenças periodontais, como a gengivite e a periodontite, já mencionadas neste artigo.

Na maior parte dos casos, a higienização correta em casa, associada à profilaxia em consultório, costuma dar conta do problema.

Quando já há algum tipo de doença constatada, é fundamental que o paciente procure um profissional para evitar o agravamento do quadro, consequência das chamadas bolsas periodontais.

Essas inflamações já não conseguem mais ser tratadas na residência e passam a interferir na qualidade de vida, gerando problemas na mastigação, dores e outros incômodos.

Em um segundo momento, as bactérias tomam conta de outros tecidos da boca (duros e moles), chegando a afetar até mesmo as raízes dos dentes – o que pode levar a queda de dentes.

A cirurgia periodontal

A cirurgia periodontal só é necessária nos casos mais graves, quando a infecção começa a se aproximar (ou já tomou conta) dos tecidos moles. A Clínica Nacarato realiza este procedimento para tratar de problemas periodontais em São Paulo e região. 

Os procedimentos que costumam ser adotados no tratamento são a chamada raspagem e alisamento radicular, que é ainda mais eficiente quando associado ao uso da laserterapia de alta potência. Esse tratamento visa remover as bactérias das chamadas bolsas periodontais, a base para a infecção bucal.

Por meio de aparelhos ultrassônicos, é feita a remoção da placa, do tártaro e de qualquer resíduo que fique abaixo da linha da gengiva – ou seja, não conseguem ser retirados de outra forma. É difícil especificar quantas sessões são necessárias para o tratamento, mas estima-se de duas a quatro, conforme a gravidade.

Essa limpeza mais profunda ataca a boca como um todo, dos tecidos mais visíveis às raízes. Dessa forma, o paciente consegue recuperar a sua capacidade de higienização que, devido às bolsas periodontais, ficou comprometida.

Pós-operatório

A recuperação do paciente costuma ser rápida e com poucos incômodos e dores. Nos primeiros dias, é comum sentir a gengiva inchada e dolorida, por isso recomenda-se o uso de gelo para reduzir o inchaço e o consumo de analgésicos e anti-inflamatórios.

Outro ponto fundamental é a higienização, seguindo as orientações do dentista. Especialmente no início, o paciente deve evitar colocar muita força e movimentar a escova com muita atenção.

O uso do fio dental será contínuo, e o profissional costuma receitar enxaguantes bucais específicos, que contribuem tanto para a cicatrização quanto para a higienização.

Outras doenças relacionadas

Estudos apontam que a má higienização da boca pode resultar em problemas cardiovasculares e outras doenças, como Alzheimer. Apesar da difícil correlação, os problemas bucais podem ir além da saúde dos dentes ou da estética, atingindo a saúde como um todo, principalmente do coração e a cabeça.

Pesquisas afirmam que as bactérias, acumuladas devido às periodontites, podem penetrar na corrente sanguínea, aderindo aos depósitos de gordura e formando coágulos. Esses coágulos podem resultar em problemas do coração, como arritmias ou até mesmo um infarto no miocárdio.

“Para evitar os problemas cardiovasculares, é necessário manter a saúde bucal em dia, impedindo o avanço das doenças periodontais e de outros problemas bucais”, alerta Nacarato. 

O dentista lembra que as extrações de dentes também podem ser porta de entrada para as bactérias, por isso a atenção deve acontecer tanto para aqueles com a arcada dentária completa quanto para quem já sofreu alguma perda dentária.

Alzheimer e os dentes

Já imaginou a possibilidade de pessoas aumentarem a chance de ter Alzheimer por não cuidarem dos dentes? É isso mesmo!

Estudos do Journal of Alzheimer’s Disease e da revista New Scientist, periódicos internacionais de credibilidade sobre ciência e saúde, apontaram que possíveis causas do mal de Alzheimer podem estar relacionadas às condições de saúde bucal.

De acordo com as pesquisas, pessoas com periodontites e gengivites carregam uma bactéria específica [porphyromonas gingivalis] e, para combatê-la, placas são formadas no cérebro.

Essas placas (e as próprias bactérias) podem desencadear os sintomas da doença, que acomete mais de 35 milhões de pessoas no mundo, segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz).

Ainda de acordo com o estudo, essas bactérias estão presentes em 1/3 da população mundial. “É uma faixa muito grande da população que está suscetível à doença. A prevenção também envolve uma boa higienização dental, que evite a formação de placas e do tártaro. Além disso, recomendam-se as visitas periódicas a um profissional”, explica Nacarato.

Saiba mais sobre os cuidados com os dentes na terceira idade neste post.

Perigo invisível

Os estudos apontam que as bactérias provenientes de inflamações na boca ou gengiva podem alcançar à corrente sanguínea e, a partir daí, chegam a diversas regiões do corpo. Se atingirem o cérebro, essas bactérias desencadeiam uma resposta ao sistema imune, podendo destruir os neurônios e, consequentemente, levando à perda de memória e demência.

Estilo de vida, características genéticas e imunidade podem influenciar na propensão de adquirir o Alzheimer, já que nem todas as pessoas portadoras de doenças periodontais terão a doença mental.

Prevenção dos problemas periodontais em São Paulo

A melhor forma de prevenção é com a higienização adequada dos dentes, visitas periódicas ao dentista para a realização da profilaxia e atenção aos sintomas.

“Inchaço na gengiva, vermelhidão ou sensibilidade, retração gengival, dentes amolecidos, entre outros, são sinais de alerta. Por isso, a visita ao dentista deve ser recorrente, especialmente quando esses sintomas surgirem”, salienta Nacarato.

No entanto, em muitas pessoas, os problemas odontológicos, como os periodontais, surgem sem sintomas claros, mas podem causar estresse e outros problemas na saúde, além dos citados.

Agende a sua profilaxia a cada seis meses ou anualmente, conforme recomendação do profissional. Previna-se dos problemas periodontais em São Paulo com os cuidados da Clínica Nacarato e foque em sua qualidade de vida.

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